quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Vermes pensam que são reis

Nos últimos dias, boa parte das notícias dos pincipais meios de comunicação é sobre eleição. São transmitidos horário político e debates entre os candidatos. O país inteiro gira em torno de um assunto que é de grande importância para toda a nação. O curioso é: se é uma questão tão divulgada, por quê tantos patifes são eleitos pra tomar conta daquilo que é de todos? Por quê diante de tantas campanhas e informações os mesmos corruptos conseguem o voto de milhares?
Vamos começar pelo começo:
Quando crianças, aprendemos sobre tudo na escola: inciando pelas vogais, passando pelo alfabeto, pela tabuada. Tudo pra que, ao atingir a maturidade, estejamos cientes do que acontece ao nosso redor e assim possamos caminhar sozinhos. Temos idade certa pra aprender as letras e os números. Assim formamos frases e contas. Mais tarde, aprendemos textos e fórmulas. Então, ao nos tornarmos adultos, sabemos com extrema facilidade diferenciar preços, estipular prazos, quantificar fatos e aniversários. Sabemos assinar cheques, escrever cartas, ler livros e notícias.
Isso faz com que seja desenvolvida a habilidade de nos ajustarmos às situações e pessoas; escolhemos guardar as informações conforme nossos gostos e opiniões, tomando as decisões acertadas - aquelas que serão melhores pra nós. Então, como pode acontecer de não sabermos escolher um bom candidato e fazer com que ele seja eleito?

Conscientização. Ao fazermos uma escolha pessoal, conseguimos rapidamente visualizar as consequencias. No entanto, ao trabalharmos em grupo, é necessário que haja um acordo entre todos, ou seja: contarmos uns com os outros pra que cheguemos a um determinado fim.
O que nos desvia do pensamento que se destinaria ao bem coletivo é a ganância em vermos o que é bom apenas para nós mesmos, individualmente. Na sede do benefício próprio somos massacrados pelo resultado desastroso de um desejo mútuo. Além, é claro da falta de interesse gerada pela ignorância de alguns (o que, por si só, já é o resultado de má gerência da grande maioria dos nossos líderes políticos). Aqueles que conseguem aquilo que desejavam se vêem poderosos na arquitetura de seus planos e crescem indiferentes aos que não tiveram tanto sucesso. Os menos favorecidos são obrigados a assistir de mãos atadas. E por um bom tempo (4 anos, pra ser mais exata).

Ao escolher seu candidato, saiba que ele é o seu representante na administração do seu país; o que envolve diretamente toda a sua vida: o salário que você ganha, os impostos que você paga, a cidade em que você vive. Se não for agora (no caso dos mais jovens), lembre-se de que a sua decisão será válida por um período considerável. Adquira conhecimento sobre o que ele realmente pode fazer por você (e não somente o que ele prometeu fazer): as funções, as propostas, as decisões. Imagine que você está muito doente e precisa de alguém para substitui-lo nos seus afazeres. Agora pare e pense: quem é mais qualificado pra cuidar dos seus interesses? quem chegaria nos resultados que você atingiria?

Votar num candidato adequado é a ferramenta que temos pra ordenar aquilo que não podemos fazer individualmente pelo país ao qual pertencemos. A informação é o caminho que precisamos tomar pra chegar no melhor resultado consciente; tudo o que precisamos saber está à nossa disposição. Pesquise, pergunte, exerça um direito que é seu. Reúna dados o suficiente para formar uma base, e aí então tome uma decisão a partir das indagações feitas.
Pare e pense. Se todos tiverem a certeza de que são capazes de melhorar a situação do país, os pilantras eleitos pela falta de recursos dos que os colocaram no poder se darão conta de que não são tão poderosos assim. Seu voto vale muito mais do que você imagina.


*Algumas coisas a serem compartilhadas:


  • No site Extrato Parlamentar é possível escolher um candidato respondendo a um pequeno questionário de sim ou não, o que seria um teste de afinidade. No fim, ele te dá um resultado mostrando a porcentagem de afinidade que você possui com os candidatos em questão. Ele mostra o nome do indivíduo, o partido, o cargo pretendido e as respostas dele às mesmas perguntas feitas pra você.

  • Aqui tem várias dicas pra serem levadas em conta na hora da escolha, além de uma pequena lista de sites onde você pode se informar bastante. Tem também um Guia sobre as funções a serem exercidas nos cargos (o que eles podem ou não fazer por você).


  • No site do G1 tem uma ótima explicação sobre a eleição para deputado.

  • Aqui tem um vídeo bem humorado, porém consciente sobre o assunto. Vale muito a pena assistir.


Espero ter ajudado!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Unwritten*

É difícil dizer quem somos. Dar tal resposta exige uma análise de tudo o que vivemos até o momento, inevitavelmente. E analisar as coisas exige um tempo considerável. Há quem responda depressa, sem pensar. Mas nem sempre essa pessoa pode acertar.
Verdade é que nem nós mesmos temos certeza de quem realmente somos. Somos movidos pelas nossas preferências, pelas lições aprendidas e pelo caráter (ou, em alguns casos, pela falta dele).
Passamos pelo menos metade de nossas vidas tentando saber quem somos. E muitos ignoram esse fato...
Não somos um perfil no orkut ou uma twitada, muito menos o que possuímos. É verdade que todos somos materialistas incorrigíveis, sempre buscando ter mais, consumir, comprar, gastar, TER. Mas no fim das contas, nem que seja por um milésimo de segundo, acabamos por perceber que não é preciso tanto. Ser supérfluo é quase essencial no mundo de hoje, porém não é necessário.
Além do materialismo existe o egoísmo, a individualidade; eu ajudo você mas só até o momento em que eu tiver que abrir mão do meu próprio conforto. Amigos amigos, negócios à parte.
Por isso, muita gente não conhece o significado da palavra altruísmo. Segundo o dicionário Priberam:

altruísmo
(francês altruisme)
s. m.
Inclinação para procurarmos obter o bem para o próximo

O bem para o PRÓXIMO. E sem expectativa de recompensas. É muito diferente ajudar alguém por força da sociedade, para um melhor convívio, e ajudar alguém por que existe satisfação e felicidade no ato.

Quem somos, no final é uma confusão de sentimentos, um tumulto, um caos organizado de forma incerta.
Somos definidos pelo o que achamos que sentimos, sem perceber que não fazemos idéia dos lugares ocultos dentro de cada um de nós; lugares que vem à tona mais cedo ou mais tarde.
Mas e se fôssemos definidos? Como seria então viver?
Existe ainda a sensação de solidão no meio de tanta bagunça, consequentemente vem a autocobrança por melhorar defeitos e é aí que está a chave: jamais seremos perfeitos, e jamais seremos completamente seguros de nossos conceitos. Há ainda muito o que explorar e com a evolução das idéias, nossos defeitos e qualidades também evoluirão e estarão presentes para que haja o equilíbrio.
Autocobrança portanto, é perda de tempo, nossos defeitos também fazem parte de nós. Não seríamos quem somos sem o nosso dark side, sem os momentos ruins, as decepções, os erros...
Se nada nem ninguém é tragicamente afetado, então não há por que endireitar os quadros tortos - sempre virá um terremoto para desviá-los novamente.

*Vídeo da música aqui

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Dead poets Society"s feelings

Não é tão difícil viver; basta seguir em frente.
Complicado, certamente, mas a recompensa é satisfatória e preenche muitas lacunas.
Já o medo de viver só faz aumentá-las. Quem brinca de viver, vive pela metade e viver pela metade é burrice, uma vez que já estamos vivos.
O que se tem a perder, afinal? O que pode acontecer de tão ruim? Morte? Arrependimento? Decepção? A dor do erro é suportável, superável. E insignificante se comparada à constatação de que não se viveu lá muita coisa.
De uma forma ou de outra, tudo isso virá à tona algum dia. Mais cedo ou mais tarde, como dizem.
Quem nunca se arrpendeu ou se decepcionou? Não é o que acontece, mas sim o modo como você encara os fatos que conta. Sejam eles dolorosos ou aprazíveis. Conta nos pontos que você vai ver que marcou lááá no fim (seja ele hoje, semana que vem ou daqui a 10, 50 anos). Quando falamos de sonhos e planos, nos vemos num futuro distante, quando muita coisa terá mudado.
Acontece que nada muda. Nós não mudamos, só evoluímos. E o que nos faz evoluir é nossa capacidade de viver, de nos relacionarmos, de 'aproveitar o tempo'.
Aproveitar... Acho que nunca viveremos tal verbo plenamente. Ao menos é a impressão que dá.
Vivemos de nossas escolhas, mas e quanto à dúvida? Como saber se a escolha é certa?
Acho que não existem escolhas certas ou erradas, afinal. Apenas escolhas. O que fazemos com elas é que as classificam como certas ou erradas. Mas e se forem erradas? Temos de acertar sempre? De novo: O que fazemos com os resultados importa mais do que o resultado em si.

Ninguém dá muita importância quando alguém diz 'aproveite o dia!'
Como eu disse, esse conselho nos parece algo a se manifestar anos mais tarde. Tarde demais.
Mas existe um limite? Creio que não. Nossa juventude está na alma, somos jovens enquanto mantermos o espírito livre. Não falo de rebeldia. Falo de ser livre de preconceitos. E não apenas preconceito com as pessoas. Mas sim, opiniões formadas sobre aquilo que não se conhece.
Todos nós buscamos viver. O negócio é parar pra pensar o que realmente nos torna vivos. E aí então, desfrutar dessa decisão apaziguadora e reconfortante. Pois viver uma mentira é, antes de tudo, uma puta sacanagem com você mesmo.

So, CARPE DIEM.

*

Sim, acabei de assistir Sociedade dos Poetas Mortos. ;D



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