quarta-feira, 17 de junho de 2009

O que motiva a fé nas pessoas?

Vejo muita gente se apegar a Deus, dizer que tem fé nele e viver com medo de tudo.
Afinal fé e confiança não andam juntas? Então pra quê ter medo?
Acho que as pessoas acreditam em Deus pelos motivos errados...
Lembro de uma senhora evangélica que me disse que eu precisava ter uma religião, como se algo de ruim fosse acontecer se eu não seguisse regras de fé, e lembro como eu fiquei indignada com isso.
As pessoas são livres, caramba! Ao menos deveriam ser...Cada um com seus princípios!

Fiz primeira comunhão, pois venho de uma família católica, mas acho que fiz mais por quê minha mãe disse que era preciso, e não por realmente querer fazer.
Hoje, crescida e pensando com a minha própria cabeça, eu não tenho religião. Acho que todas elas tem alguma regra boba, que diz que se a gente não fizer isso ou aquilo, não iremos pro céu, e é errado e bla bla blas sem sentido.
Apesar disso, eu acredito muito em Deus. Talvez não naquela imagem que existe nas catedrais por aí, talvez não como uma figura humana, mas como uma força maior, que olha por nós, que nos guia, que inventou o amor donde originaram-se todas as coisas boas. E agradeço a esse Deus todas as noites antes de dormir, converso com ele, faço pedidos, e digo boa noite. Sem rezas prontas.
E é muito simples pra mim sentir essa fé. Aí eu não entendo por quê as pessoas tem medo de viver e se apegam a Deus, temendo que coisas ruins aconteçam, e que ele irá protegê-las.
Mas se a vida é feita de extremos! Sem as coisas ruins, jamais aprenderíamos o valor das coisas boas...

Me confunde o fato de as pessoas buscarem a felicidade e se dizerem crentes em Deus sendo que não possuem sequer coragem pra enfrentar os próprios medos.
E me incomoda muito presenciar imposições religiosas vindas de pessoas tão descrentes...

Talvez a chave seja acreditar. Quando você tem essa em algo, ou em alguém, esse seu alvo de crença realmente funciona. Sendo assim, a força pra viver está em nós mesmos não? Quem é que sabe o poder que a mente tem...

Uma vez, depois de acontecer algo muito ruim, ouvi alguém dizer: "Preciso voltar a ir à igreja". Será que achou que nunca mais vai acontecer nada de ruim se as idas à igreja retornarem? É muito curisoso pensar nisso. Mas acho que jamais vou entender a cabeça de algumas pessoas e pronto. Melhor partir pro próximo assunto.


"O que mais importa ninguém usa a seu favor - hoje coisas valem mais do que pessoas." Mecanika!

*

sábado, 13 de junho de 2009

E o futuro... Pertence à nós mesmos ué!

Hoje, enquanto arrumava os dvd's na ordem certa (perfeccionista, eu??), percebi a bagunça que estavam e lamentei ao ver que eles não ficariam assim nem 3 dias... Eita povo bagunceiro esse que mora comigo! Aí fiquei viajando num apartamento lindo, eu, morando sozinha...
Só eu e o meu gato Pierre, num apartamento pequeno, aconchegante, onde tudo fosse do meu jeito, na minha paz...
Aí acordei. O que impede (em primeiro lugar) é a faculdade. Constatando que ela custa mais da metade do meu salário, eu vejo meus planos de morar sozinha se concretizarem daqui a 5 ou 6 anos.
'Tá, tudo bem. Ao menos eu vou estudar algo que eu quero muito, e gosto muito. E será tudo um mar de rosas, certo? Errado! Provavelmente eu vou domir 4h por dia, e só descansarei nos fins de semana se eu descartar a opção de bolsa.
Daí eu penso: Por quê é tão injusto? Vejo tantos jovens como eu na mesma exata situação, querendo um diploma, querendo ter um futuro melhor, enquanto tantos outros que nascem com a oportunidade na mão, a jogam fora.
Ahhh, mas será que eu daria valor seu tivesse as portas abertas? Talvez. Mas até acho empolgante esse lance de 'lutar pelo meu futuro acompanhada só da minha determinação'.
Afinal o mérito será só meu, não?! Cruzar os braços é que não vai adiantar...
O emprego que tenho hoje (que não é dos piores) eu consegui indo domir tarde, acordando cedo, virando a noite em dia de prova, comendo em cima dos livros. Ufa! Foi um ano e tanto...
Mas como boa otimista que sou, prefiro lembrar das reuniões divertidas com o grupo do tcc, das aulas interessantíssimas de economia e português, e das amizades que guardo até hoje daquela época.
E tento imaginar 4 anos disso, ao invés de 1; dessa vez muito mais especiais, já que estarei estudando algo que eu realmente gosto...
Fazer faculdade vai definitivamente mudar minha vida e abrir minha cabeça...
E morar sozinha só quando eu for uma jornalista diplomada... =\




"Vou levando assim, que o acaso é amigo do meu coração (quando fala comigo, quando eu sei ouvir...)."
Los Hermanos - O Velho e o Moço


*

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Deprê o quê?

Não consigo entender como funciona a depressão na cabeça das pessoas... O que é estranho vindo de alguém que já passou por ela.
Quando era adolescente, eu queria ser outra. Outro corpo, outro cabelo, outra vida.
E fui tentando me encontrar. Até que me tornei o que sou hoje: uma pessoa prática, tranquila, pé no chão. E é por isso que não entendo como alguém pode simplesmente recusar-se a viver e enxergar o que há de bom por trás das coisas ruins.
Talvez meu otimismo seja tão grande que me leve a ver o mundo de outra cor, mas é esse otimismo que me faz ser feliz.
Ao 'me encontrar' eu passei a não ter muita paciência pra muito nhem nhem nhem, rodeio, e lamentações. Passei a ir direto ao ponto, e não sei lidar com a tristeza dos outros. Pra mim trizteza é momento pra ficar sozinho e conversar com ela, entender por quê ela está ali e só então dizer 'até logo'...
Não vou dizer que nunca tenho momentos depressivos - todo mundo tem e quem disser que não, está mentindo.
O ser humano é feito desses extremos, cada um com seu conjunto de sentimentos formando uma personalidade (forte ou não).
Mas quando algo ruim acontece, de que adianta ficar com medo de viver? Achando que algo de ruim vai acontecer de novo? E de que adianta perguntar por quê as coisas ruins acontecem?
Enfrentar os medos de frente é a melhor solução pra afastar essas perguntas, e viver a vida como ela é.
Eu não entendo um monte de coisas, e me pergunto por quê algumas pessoas são do jeito que são, por quê fazem o que fazem, e vivo me perguntando isso, como todo mundo.
A diferença é que eu não fico parada esperando as respostas: quando não as encontro eu faço a minha parte, luto pelo o que eu quero ser, defendo o que penso e vou atrás do que quero.
Acho que o otimismo é a chave pra felicidade.
E que a felicidade está dentro da cabeça da gente; cabe a nós deixá-la existir.
Afinal, pra quê serve a vida? Pra viver, é claro...
;D



Ouvindo: Eu não pertenço à você - ReC


*
Powered By Blogger