Ler Clarice é como dar um mergulho no fundo do seu próprio oceano.
É fechar os olhos e saltar de um abismo, em meio à uma tempestade, em direção ao turbulento mar que se agita dentro da alma.
Mesmo para os que primeiramente não gostam, o convite de Clarice torna-se irrecusável no primeiro parágrafo. Só aqueles que tem medo de conhecer um pouco mais de si próprios são incapazes de perceber as metáforas e entender o significado das constatações dos personagens de Clarice, ou são capazes apenas de ignorá-los. Todos deviam saber que há momentos de se ler alguma obra de Clarice. Se não for agora, mais tarde ela se encaixará em algum momento da sua vida.
A escritora expressa todos os pensamentos inquietos e questionadores sobre a humanidade à sua volta (e sobre si própria), de uma forma tão instigante que faz o leitor sentir - e realmente sentir - o poder de todas as suas frases. Uma vez imerso, a identificação é inevitável. É como se as palavras contidas em suas histórias viessem de um lugar escondido, guardado dentro de nós mesmos esperando o momento oportuno para se revelar e fazer renascer o entendimento ou, para alguns, virar o mundo de cabeça para baixo. Dependendo do ponto de vista, mais correto seria dizer 'virar de cabeça para cima'...
Se todas as pessoas lessem, em suas vidas, ao menos uma frase de Clarice que lhe coubesse e a guardasse bem nítida na memória, tendo plena certeza de seu significado, as formas de terapia no mundo seriam outras. Clarice nos abre a cabeça; nos dá a oportunidade de expandir nossa essência através do autoconhceimento quase que obrigatório àquele que a lê.
É fechar os olhos e saltar de um abismo, em meio à uma tempestade, em direção ao turbulento mar que se agita dentro da alma.
Mesmo para os que primeiramente não gostam, o convite de Clarice torna-se irrecusável no primeiro parágrafo. Só aqueles que tem medo de conhecer um pouco mais de si próprios são incapazes de perceber as metáforas e entender o significado das constatações dos personagens de Clarice, ou são capazes apenas de ignorá-los. Todos deviam saber que há momentos de se ler alguma obra de Clarice. Se não for agora, mais tarde ela se encaixará em algum momento da sua vida.
A escritora expressa todos os pensamentos inquietos e questionadores sobre a humanidade à sua volta (e sobre si própria), de uma forma tão instigante que faz o leitor sentir - e realmente sentir - o poder de todas as suas frases. Uma vez imerso, a identificação é inevitável. É como se as palavras contidas em suas histórias viessem de um lugar escondido, guardado dentro de nós mesmos esperando o momento oportuno para se revelar e fazer renascer o entendimento ou, para alguns, virar o mundo de cabeça para baixo. Dependendo do ponto de vista, mais correto seria dizer 'virar de cabeça para cima'...
Se todas as pessoas lessem, em suas vidas, ao menos uma frase de Clarice que lhe coubesse e a guardasse bem nítida na memória, tendo plena certeza de seu significado, as formas de terapia no mundo seriam outras. Clarice nos abre a cabeça; nos dá a oportunidade de expandir nossa essência através do autoconhceimento quase que obrigatório àquele que a lê.
Ainda não ouvi falar de alguém capaz de superá-la na sua habilidade e talento de expressar os pensamentos mais inquietos de uma forma tão intensa e reveladora; provavelmente não há ninguém apto o bastante para sacudir os questionamentos internos e fazê-los transbordar com tanto fervor. O que há de semelhante espalhado por aí são excertos adaptados da mente extraordinária de Clarice Lispector.