quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Feche os olhos

Durma
Sonhe
Descanse

Abrace
Beije
Acaricie
Ou seja acariciado

Receba a tristeza para que ela possa partir
Reflita
Raciocine
Planeje
Imagine

Faça uma careta
Faça um pedido
Faça uma prece
Mentalize
Medite
Sinta os perfumes e as sensações

Deixe a chuva molhar seu corpo, lavar sua alma
Ou molhe os pés na água do mar
Ou molhe o corpo todo numa cachoeira
Sinta o vento no rosto
Sinta o frio na pele
Ou o calor do sol

Entregue-se

Ouça uma de suas músicas preferidas antes de dormir
Tome um bom banho depois de um dia punk
Coma um bom doce
Ou uma boa pizza
Cante uma música animada
Ou até mesmo uma triste

Desabafe

Beije mais
Ame
E faça amor

Dance
Enlouqueça numa pista de dança!
Suspire
Ou respire fundo

Grite
Chore
Lembre de algo bom
Ou de alguém especial

Aventure-se
Arrisque-se
Mas contenha-se,
e lembre-se de abrir os olhos pra continuar a voar com os pés no chão.


domingo, 10 de outubro de 2010

Critérios da moda pessoal

Ontem foi o dia da faxina.
Passei umas boas horas analisando e julgando as peças de roupa do meu armário. Entre um vestido brega e uma camiseta tosca eu me perguntei diversas vezes: por que comprei isso?? Algumas eu ganhei e não troquei pra não fazer desfeita (Bobice! Se sei que não vou usar, pra quê ficar?). Muitas das roupas eu comprei há uns 2 anos e usei uma ou duas vezes. Três, no máximo. Algumas outras não serviam mais e eu guardava jurando que um dia voltaria a caber nelas. Bobagem! Parei pra pensar e percebi que seria muito mais prático tirá-las dali e substituí-las por outras peças que eu realmente usaria. Resultado: 4 grandes sacolas cheias de roupas. Sim, ficou um grande espaço no meu armário. Mas me senti leve, de certa forma. Como se tivesse me livrando de algum peso, algum incômodo.
A roupa que vestimos diz muito sobre nós. E quando não cai bem, parece gritar "hoje estou perdida". E você se sente como se todos estivessem percebendo isso, nitidamente. Não que a opinião alheia importe tanto assim. Mas usar algo que não coincide com a nossa personalidade é como estar mentindo pra si mesmo. Como se a pessoa estivesse tentando afirmar cegamente ser uma coisa que não é nem nunca será.

Tem a ver com a convicção da própria essência. Saber quem somos e o que queremos é fundamental. Ainda que alguns critiquem, julguem, debochem. E ainda que não estejamos muito certos sobre isso... O caminho então, é buscar o conhecimento sobre si próprio, sem vergonha, sem medo nem pudores. E, acima de tudo, sem preconceito ou preocupação com a opinião alheia. O que vivemos ou queremos só diz respeito a nós mesmos. Quem não nos ama, não nos conhece (ás vezes mesmo nos amando, não nos conhece de verdade) portanto não tem crédito sobre a forma como decidimos agir. Não importa.
Se preocupar com a própria moda parece algo fútil, sim. Mas não é. Significa muito mais do que se imagina. Mesmo aqueles que não ligam pra isso.

É verdade que somos inconscientemente movidos pela moda. Que quando percebemos, já estamos usando o que todo mundo usa. Exemplo: quando saiu a moda da calça saruel, eu achava horrível. Mas eis que um dia ela chegou até mim. Provei (vai que gosto, né?) e me senti muito confortável. Além do que, quem diria? A bermuda saruel preta e cheia de bolsos era a minha cara. Por outro lado, uma saia de oncinha que caiu muito bem ficou encostada no armário por anos sem nunca ter sido usada. Essa foi pra sacola.

E foi conversando com uma amiga e lendo esse texto aqui (do delicioso Moda, Chocolate e Coca-Cola, da Dani Lopes) que comecei a pensar nisso. E é incrível como a palavra faxina se encaixa; me sinto lavada. O próximo passo é aprender a pensar direito antes de sair comprando uma peça só por que caiu bem ou por que todo mundo usa. O fato de uma roupa ter ficado bem numa amiga, numa modelo de capa de revista ou numa fulana que você viu na rua não siginifica que ficará igual em você. Bom senso e respeito consigo mesma são fundamentais na hora de adquirir uma peça de roupa aparentemente insignificante.
E quem é que não tem aquela calça jeans que é vestida o tempo todo? Que, não importa que existam outras parecidas no armário, aquela é que fica bem? Acho que todas as nossas roupas deveriam ser assim: aproveitadas ao máximo e com toda a certeza de que aquilo se encaixa com o que se é. O mesmo vale pros sapatos, pras bolsas, pro acessórios (e, como escreveu a Dani, pras amizades também!).


Portanto, a minha dica desse experimento gostoso é: passe adiante aquela peça de roupa que você jura que um dia vai usar (você sabe, lá no fundo, que não vai!), seja doando, vendendo ou trocando. Será muito mais lucrativo se livrar de algo que ocupa espaço e não diz nada sobre você. O resultado é reconfortante! Pois, ainda que não queria passar mensagem alguma, você está passando. Já que é assim, vista o que você é! A sensação é de que estamos em harmonia com os nossos pensamentos... Ainda que algumas lacunas precisem ser preenchidas.
E ah! hoje é o dia dos sapatos! :D
Powered By Blogger