Sonhar é fácil. É imaginar como seria o mundo à sua volta se o que você deseja acontecesse de verdade. É formular ideias e planos em volta do que se sonha, mesmo sabendo que aquele desejo pode não corresponder à realidade. Ás vezes até se esquece de viver a vida real, com os problemas reais, as pessoas reais, as felicidades reais. Seria mesmo a realidade assim tão dura que não existe a capacidade de vivê-la pura e simplesmente??
Se você olhar bem, verá que todas as pessoas estão atrás de um sonho. E muitas vezes essa determinação cega aqueles mais voadores: o sonho se torna tão distante da realidade ou tão distorcido que começa a se transformar numa máscara para cobrir o que não queremos enfrentar. O motivo daquela realização torna-se inútil e não corresponde mais à razão pela qual se está atrás daquele objetivo.
Pense nos seus sonhos, aqueles que você realmente gostaria que acontecessem. Agora pense no que a realização deste sonho te traria de tão maravilhoso, em como você se sentiria. É isso? O que mudaria? E por que essa realização é assim tão vital?
Não vale a pena destruir uma vida inteira (a sua ou a de outros) por um sonho. Ainda que seja em pequena quantidade. Sonhos devem ser realizáveis, e não surreais. Claro que não é proibido sonhar. Afinal, é uma ação totalmente gratuita e oculta. Mas existe um grande passo entre sonhar e concretizar esse sonho. E é um passo que muitas vezes exige bem mais do que as próprias pernas podem alcançar.
Requiem é um alerta à todos que vivem uma realidade distorcida. Seja no vício, na solidão, nos anseios, nas dificuldades "impossíveis" de serem superadas. Jared Leto, Jennifer Connelly e Marlon Wayans fazem seus papéis de forma espetacular, sem pecar no desempenho de uma personagem que exige concentração, desenvoltura e dedicação (afinal, interpretar um viciado em drogas não deve ser lá uma tarefa muito fácil), os três nos passam a imagem exata de alguém que busca algo de forma perturbadora. Mas o destaque é para Ellen Burstyn: seu papel é o que mais choca, o que mais desperta a inquietação, a ansiedade para saber o que vai acontecer no fim. Uma simples senhora solitária pode ser bem perigosa pra si mesma....
Não vou dizer quais foram as minhas conclusões. Essas eu prefiro guardar pra mim. Mas indico o filme com uma grande estrela dourada, e espero que ele possa despertar pensamentos conclusivos, exatamente como fez comigo.
Eu penso que toda essa forma de arte à nossa volta existe para deixar uma mensagem. Filmes, músicas, livros. Não existem apenas para nos distrair e pronto. Um cara, um dia tem uma opinião, que gera uma ideia, que gera uma forma de expressão que, por sua vez, é disseminada. Essa ideia existe, os motivos existem, a intenção existe - a mensagem, portanto, é real; ainda que a história do filme não seja. Acho que é por isso que gosto tanto disso tudo: adoro procurar e analisar a mensagem que existe por trás dessas manifestações de pensamentos. E, acreditem, muita gente que eu conheço não dá a mínima pra isso. Se dessem, acredito que o mundo seria um lugar melhor, mas isso não vem ao caso, é assunto pra um outro post.
Espero que gostem do filme, Aproveitem. ;D
