quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Corujas, Gatos e reciclagem.

Hoje resolvi fazer um post diferente. Como eu sempre fui meio ligada nesse negócio de criação e amo fazer uma arte (minha mãe que o diga), vou registrar aqui o primeiro post no estilo 'faça você mesmo' deste blog. Dicas, passo-a-passo, ideias e afins.
Escolhi para este primeiro post, como fazer enfeites (para sua casa, sua prateleira, sua mesa de trabalho), usando rolo de papel higiênico (aquele de papelão que todo mundo joga fora, sabe?). Você faz uma frescurinha para enfeitar algum lugar e ainda recicla!



Os meus gatinhos e corujinhas!

'E como é que um rolo de papel higiênico se transforma num enfeite, minha filha?' Simples: com a ajuda de tintas, imaginação e outros materiais. Calma, eu explico direitinho, por partes. Vamos lá?

Para fazer um gatinho, uma coruja ou qualquer ser de orelhas pontudinhas, você vai precisar de:

- rolo de papel higiênico (1 para cada bichinho ou 1 para 2, se você quiser fazer menor);
- lápis e borracha;
- caneta preta;
- pincéis de tamanhos diferentes;
- tintas nas cores de sua preferência;

Pra começar, você deve dobrar a parte superior do rolinho de papel, para formar as orelhas, assim:


Depois, dobre a parte de trás, sobrepondo a primeira, assim:


Pronto, já temos o formato do nosso ser orelhudinho. Agora você deve deixar toda a sua criatividade e imaginação virem à tona e desenhar o rostinho e os detalhes do seu bichinho (eu pesquisei muitos desenhos de gatinhos e corujas no Grande Google e tirei minhas ideias de lá).

olhinhos da coruja nº1


E aqui a carinha e corpinho dela



Após desenhar com o lápis, você pode corrigir erros e traços que não gostou usando a borracha (tomando cuidado para não amassar o papelão). Satisfeito com o desenho do seu bichinho? Reforce o traço com caneta preta (mas só faça isso após ter certeza do seu desenho, pois não dá pra apagar depois!). Isso vai facilitar na hora de pintar.

Aqui, os meus gatinhos de tamanhos diferentes.

Feito isso é só pintar com as cores escolhidas! Eu fui usando pincéis de tamanhos diferentes, para não borrar nem sair dos traços delimitados. E usei a tinta para tecido mesmo (que era o que tinha em casa). E se você quiser de tamanhos diferentes, é só cortar o rolinho ao meio. Dá até pra fazer dois bichinhos com um rolinho só. Infelizmente, a lesada aqui esqueceu de tirar foto enquanto pintava os detalhes (pena, orelha, asa, patinha, etc.), mas acho que dá pra entender, não é? Apenas pinte os espaços traçados de acordo com o seu gosto.



Algumas cores eu não tinha, mas queria muito (salmão, marrom clarinho e laranja), então eu fui misturando as cores que eu tinha em mãos para chegar no tom que eu queria. 


Após pintar, espere secar a tinta por inteiro e reforce novamente os traços com a caneta preta. Outra dica: passe uma mão de cola branca em cada um, para proteger e dar um bom acabamento.


No meu caso, os meus bichinhos estão enfeitando as minhas prateleiras.

Diz se esse bichinhos fofos parecem com rolos de papel higiênico???







sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Resenha: Um dia

Dex e Em. Em e Dex. Inicialmente, dois recém formados se conhecendo numa noite de farra em comemoração pelo fim de suas vidas acadêmicas, trocando experiências, ideias e promessas de reencontro. No meio da história, dois adultos com vidas totalmente diferentes, e um tanto desconhecidos, apesar da amizade construída ao longo do tempo. Ao final... Bem, isso você terá de ler para descobrir. 
" Dexter Mayhew. Ela o observou por entre a franja, recostado na cabeceira alcochoada da cama barata e, mesmo sem óculos, entendeu muito bem por que ele queria continuar exatamente daquele jeito. Olhos fechados, o cigarro colado languidamente no lábio inferior, a luz da manhã filtrada pelo tom avermelhado das cortinas aquecendo um lado do rosto, ele parecia estar sempre posando para uma fotografia. "
Emma Morley e Dexter Mayhew são jovens de vinte e poucos anos como qualquer jovem de vinte e poucos anos: cheios de sonhos, planos, incertezas, anseios e ideias, mas com aquela vontade jovem revolucionária de mudar o mundo. Tornam-se adultos de vinte e tantos, trinta e poucos, trinta e tantos anos (em diante), como qualquer adulto nesse período da vida: lutando por ideais mas perdendo-se em meio a tantos caminhos começados, tentando achar uma direção no meio de tantas tentativas de obter sucesso profissional, amores duradouros, histórias para contar. Acho que foi isso que me cativou: são pessoas comuns, reais; Nicholls consegue tornar as vidas dos personagens tão reais que nos identificamos com eles, em algum momento. Até mesmo nos desvios, quando tudo parece ter ido por água abaixo. Os erros latentes, a tormenta das frustrações , os planos que deram errado, os desencontros, as perdas, as conquistas, os amores, os amigos. 

"Às vezes você percebe quando os seus grandes momentos estão acontecendo, às vezes eles surgem do passado. Talvez seja a mesma coisa com as pessoas."
James Salter, Burning the Days 

A história se passa em todo dia 15 de Julho de cada ano, durante 20 anos, retratando em algumas poucas páginas o que vai mudando e evoluindo na vida dos dois (e dos outros personagens também) durante o ano todo, nos dando a exata impressão do que aconteceu, do que mudou e do que os personagens conquistaram - ou deixaram de conquistar - entre um ano e outro.
O legal do livro é que não se trata de um romance comum, devido ao fluxo de informações contidas, capítulo por capítulo. Isso nos dá uma dimensão interessante do que acontece, pois a continuidade dos momentos e o resultado das investidas e planos dos personagens se apresentam ao leitor de uma forma já desenvolvida, carregando uma bagagem de um ano inteiro.
O livro é separado pela idade dos personagens, em cinco partes: começa com vinte e poucos anos, passa para os vinte e tantos anos, e assim até chegar nos trinta e tantos anos e direcionar para a última parte, intitulada 'Três aniversários'. Aniversário de quê? Melhor não revelar.
"Viver cada dia como se fosse o último - esse era o conselho convencional mas na verdade, quem tinha energia para isso? E se chovesse ou você estivesse de mau humor? Simplesmente não era prático"
Creio que tanto adolescentes quanto adultos apreciarão a leitura (alguns sentindo certa revolta do fim, outros achando o remate perfeito), pois a história nos faz pensar sobre os nossos dias, os nossos vinte e poucos e trinta e tantos anos, sejam eles presente, passado ou futuro. 
Além disso, o destino dos personagens também não é o que se espera. Me surpreendi com o desenrolar dos fatos, pois achava que este era apenas mais um romance água-com-açúcar, daqueles onde o casal segue a vida radiante, alegre, encomendando filhinhos e animais de estimação numa casa linda, rica e perfeita. Cheguei a pensar que os dois não ficariam juntos e se ficassem, seria naquele tradicional 'felizes para sempre'. Opa, tá aí uma dica do que acontece no final... Recomendo!
"Você é linda, sua velha rabugenta, e se eu pudesse te dar só um presente para o resto da sua vida seria este. Confiança. Seria o presente da Confiança. Ou isso ou uma vela perfumada."

Um Dia - David Nicholls
Editora Intrínseca, 2011
410 páginas
Tradução de Claudio Carina

Título Original
One Day

Preparação
Maíra Alves

Revisão
Júlio Laudemir
Fátima Maciel


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